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Shalom Amigo dos Pobres combina profissionalização e abandono em Deus

Iniciativa busca gestão eficiente para amar, socorrer e evangelizar com responsabilidade. Visita de especialista em gestão de organizações da sociedade civil atesta tempo de amadurecimento.

O Shalom Amigo dos Pobres comprova que os planos de Deus são sempre maiores que os nossos. Depois de três anos desde as primeiras ações durante a pandemia Covid-19, a iniciativa que é uma das principais da promoção humana da Comunidade Shalom vive um tempo de amadurecimento. Para solidificar as ações e crescer com responsabilidade, é preciso encontrar o caminho da eficiência na captação de recursos. 

“É vontade de Deus nossa profissionalização para o bem da Obra”  (Escrito A Profissionalização, 01)

A frase acima é do nosso fundador, Moysés Azevedo, no Escrito “A Profissionalização”. É por esse princípio que o Amigo dos Pobres busca responder às responsabilidades atuais. “Com Deus, nós conseguimos amadurecer em processos internos, de como cuidar desses irmãos, e hoje nós temos um caminho de amizade com os nossos amigos. Agora, nós precisamos amadurecer onde ir atrás de recursos, como melhorar o voluntariado, como eu alcanço o coração de alguém para ser voluntário e ele permanecer”, reconhece a secretária de Promoção Humana na Missão de Fortaleza, Adalgiza Sá. 

Tecnicamente, a chave se chama gestão eficiente de uma Organização da Sociedade Civil (OSC), a antiga Organização Não-Governamental (ONG). No livro “E depois que o coração aperta?” A psicóloga e contabilista Márcia Bortolanza aprofunda o tema. Em visita a Fortaleza, a paraense que também é empresária do ramo alimentício e empreendedora social participou de um bate-papo com representantes e benfeitores do Amigo dos Pobres.

“A solidariedade é um ato concreto, não é algo abstrato”

Depois de acumular muitas experiências positivas na mobilização de recursos para inúmeras causas, a empreendedora apontou nas páginas do seu primeiro livro um caminho para o desenvolvimento de instituições do chamado “Terceiro Setor”. Na prática, ela ensina que é preciso fidelizar benfeitores, firmar parcerias com governos e instituições privadas e gerir de modo eficiente as pessoas e os recursos.

“As instituições [como o Amigo dos Pobres] fomentam muito mais do que nós podemos imaginar. Eles cumprem uma função social. Eu estou aqui para provocar isso: depois que o coração aperta, a gente ajuda. Eu faço um convite para que as pessoas possam ajudar com consciência”, declara Márcia Bortolanza. “São 10 mil moradores de rua que vocês assistem aqui, imagina se vocês não pudessem mais ajudá-los? É por isso que precisamos contar com iniciativas para que elas não deixem de existir. Nós podemos trabalhar em rede e fazer com que essas OSCs se mantenham em pé”, garante.

Como sinal expressivo de adesão ao trabalho da Comunidade Shalom, Márcia Bortolanza destinou toda a renda dos livros vendidos em bate-papo ao Amigo dos Pobres. A ativista da solidariedade também conheceu a Casa São Francisco e o Café SH82, que são espaços mantidos pelo Amigo dos Pobres, e a Diaconia, onde está o Governo Geral da Comunidade.

“A eficiência dos meios que o Senhor nos deu, na verdade, depende fundamentalmente de nossa fidelidade à vocação” (Escrito A Profissionalização, 03)

Aliado à profissionalização, existe a confiança segura na obra conduzida por Deus. “Não é um projeto humano, é um projeto de Deus. Tem o rosto de Cristo. As pessoas sabem que a gente trata o homem para buscar a dignidade dele”, afirma Adalgiza Sá. A consagrada da Comunidade de Aliança e membro da Obra Shalom desde os primeiros anos, fala da responsabilidade de fazer do Amigo dos Pobres uma expressão do carisma Shalom. “Nós não servimos aos pobres desde agora, nós sempre servimos aos pobres. Uma novidade é o formato, porque o Espírito Santo faz novas todas as coisas.”

Para Adalgiza, a missão em favor dos pobres está inevitavelmente ligada ao modelo de São Francisco de Assis, baluarte da Vocação Shalom. “É o mistério de amor de São Francisco, pelos pobres, que nos alcançou. Deus nos escolheu para na Vinha do Senhor transmitir o amor ao pobre, encontrar Jesus no pobre. Não é uma pessoa que faz o Amigo dos Pobres, é a Vocação Shalom”, atesta.

Com a gestão eficiente e a confiança na Providência Divina, é possível conduzir o Amigo dos Pobres para onde Deus quer.

“Porque há mais alegria em dar do que em receber.” (Atos 20,35)

Nesta Quarta Semana da Quaresma, a Assessoria de Promoção Humana da Comunidade Shalom convida para a oferta e o despojamento em vista das nossas ações em favor dos mais necessitados. Na doação em vista do bem do outro se descobre a verdadeira alegria, fruto do Espírito Santo

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