“Eu conheci Santa Dulce dos Pobres”

Santa Dulce dos Pobres é a primeira Santa brasileira reconhecida pelo Vaticano. Suas inúmeras obras de caridade a deixaram conhecida como o “Anjo bom da Bahia”.

13 agosto 2024

Confira o testemunho de Vanda Santos, baiana que conheceu Santa Dulce dos Pobres, o anjo bom da Bahia, ainda em vida.

Santa Dulce dos Pobres é a primeira Santa brasileira reconhecida pelo Vaticano. Suas inúmeras obras de caridade a deixaram conhecida como o “Anjo bom da Bahia”.

O fato de ter vivido até a década de 90, faz com que ainda se possam ser colhidos muitos testemunhos de sua santidade.

Neste dia 13 agosto, data em que a Igreja Católica faz memória do “anjo bom da Bahia”, o comshalom.org apresenta a você a história de Vanda Santos, baiana missionária da Comunidade de Vida há 22 anos, que em sua infância teve contato com a Irmã Dulce.

Mainha, essa freira é muito pidona!

Em 1983, Irmã Dulce, como de costume, mensalmente se dirigia a uma casa, da qual recebia uma “caminhonete cheia de doações” para o Hospital Santa Antônio.

Em seguida, sentava-se para tomar café da manhã: chá com biscoito “cream-cracker”.

Em umas dessas visitas, havia uma criança de 12 anos, filha da funcionária da residência, que observava a atitute da religiosa.

Logo depois do café, minha mãe dava alguma coisa de doação para o hospital. Eu achava que era desnecessário porque ela já estava com a caminhonete super lotada. Em um determinado momento, minha mãe deu a doação na mão de Irmã Dulce, e eu disse: Mainha, essa freira é muito pidona!”, relata. 

Vanda, você vai dar o que para os pobres?

Não só a mãe de Vanda escutou, como também Irmã Dulce, que lhe respondeu cheia de doçura:

Vanda, ninguém é tão pobre que não tenha o que dar. O que você vai dar para os pobres?”, perguntou Irmã Dulce. 

Eu olhei sem graça e minha mãe me deu aquela olhada e fez um sinal para eu pegar alguma coisa na dispensa. Logo entrei, peguei um pacote de pão de hambúrguer e entreguei nas mãos da irmã Dulce”, revelou Vanda. 

Dar a vida pelos pobres

O que a pequena Vanda não sabia era que décadas depois viria a se tornar uma missionária e, assim como aquela “freira pidona”, ela também dedicaria toda a sua vida pela evangelização dos pobres.

Aquele encontro me marca até hoje. Quando vou ao encontro de alguém para pedir ajuda para os pobres que Deus me confia, relembro e repito a frase que ela me disse: ‘Não tem ninguém tão pobre que não tenha o que dá’. A frase que ouvi da Irmã Dulce mudou a minha vida, apesar de perceber isso somente anos depois”, testemunha.

Vanda rezando no túmulo de Santa Irmã Dulce

No seu caso, Vanda está em missão há cerca de 13 anos em Madagascar, no continente africano, onde é responsável pela Comunidade Shalom na região. 

Por meio do Espaço de Paz, a missão trabalha com crianças e seus familiares que estão em situação de vulnerabilidade social.

Para mim, Santa Dulce dos pobres representa  um grande sinal de humildade, força e determinação. Representa também o amor de Deus para com os pobres. Todas as vezes que me sinto incapaz de ir além naquilo que Deus me confirma, lembro que Santa Dulce nunca desanimava  no serviço com os pobres”, afirma.

Atualmente Vanda serve a Comunidade Shalom na missão de Madagascar (África)

Para a bahiana, foi um privilégio ter conhecido Santa Dulce:

Eu a tenho como minha intercessora. Tive o prazer de conhecer uma santa em vida, isso me faz acreditar que é possível ser santa, realizando a vontade de Deus custe o que custar”, garante.

E você, o que vai dar para os pobres?

A Comunidade Shalom está presente em 33 países, onde temos como meta proporcionar o encontro do homem com Deus, com o próximo e consigo mesmo.

Nossa missão é olhar para a pessoa necessitada, seja pela ausência de Deus, seja pela fome e miséria. Queremos ser a mão que ampara e gera crescimento humano a partir do amor. Sustentados pela sua doação, ajudaremos o ser humano ferido a reescrever sua história.

Seja um benfeitor e nos ajude a continuar lançando as redes da caridade. Saiba mais no site doeshalom.org.

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